terça-feira, 23 de agosto de 2011

A gente só vai até onde dá


Outrora, pensava eu que isso era coisa boa. Hoje eu tenho certeza que se apaixonar e se entregar completamente a isto não é algo bom. Certa vez eu ouvi falar sobre “quando o amado vai embora e o amor não”... Mas a gente sempre se deixa levar pelas circunstâncias, sempre se envolve com o momento, sempre acredita num futuro.

Eu costumava construir planos, imaginar coisas, pensar alto, até mesmo sonhar. Eu costumava acreditar que as coisas pudessem ser diferentes, mesmo nunca tendo me sentido verdadeiramente amada. Mas é esse o problema: você tem sua vida perfeitinha e resolve mudar tudo... em troca de quê? De um punhado de lágrimas e aprendizado?

Contudo, hoje eu sei, dentro de mim, que eu fiz o que pude. Eu sonhei, lutei, busquei, acreditei. Eu fui além dos meus limites para no fim só quebrar a cara, mas ainda assim conheci os meus limites assim que cheguei neles. E hoje eu me lavo em minhas próprias lágrimas na espera de que uma hora dessas elas sequem.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Caio Fernando Abreu teria milhares de formas para descrever tudo o que eu sinto. Bem como me daria um murro no estômago sem sentir o menor remoço disso. E aquela dor, fina e aguda, permaneceria ali, junto a mim, como quem diz que é o preço que se paga. O preço que, cedo ou tarde, se paga por quase tudo na vida.
Embora eu não saiba escrever e externar como ele, eu sei o que é sentir essa dor dilacerante que corrói por dentro aos poucos – aos poucos apenas para que sobre mais para doer e assim o faça. Embora eu seja apenas mais uma pessoa, sou uma pessoa que sente cada pedacinho que está na carne viva, sente cada dor tomar conta do corpo todo, sem deixar forças nem ao menos para se pôr de pé.
Meu caro Caio ainda diria que “há sempre algo que falta. Guarde isso sem dor, embora, em segredo, doa”. É, Caio, há sempre algo que falta, que não nos deixa completar. O difícil é aceitar que muitas vezes somos nós mesmos que tiramos esses pedacinhos de nós e simplesmente jogamos fora, arremessamos para bem longe e nunca mais conseguimos achar. Ainda pior que isso é aceitar quando esses pedaços são tirados por outros, apenas pelo prazer de nos ver sangrar, pelo prazer de nos ver sentir dor. É realmente pior.
Nós tiramos os nossos pedaços quando vemos algum problema neles, ou quando simplesmente queremos nos ver sem eles, e lançamos ao acaso para termos ao menos a esperança de, quem sabe um dia, poder encontra-los de novo. Longe ou perto, nós sabemos que em algum lugar ainda há um pedaço. Mas a parte que nos é tirada por outro... ah, essa parte é esmagada de tal forma que a gente sabe que nunca mais vai estar inteira. Não será mais uma mera cicatriz. Não, será um vão. Um enorme e doloroso vão. E a gente não sabe se vale a pena. Se valeu a pena – independente do tamanho da alma.

Todos os meus pedaços, independentes de como, por quê ou por quem foram tirados, todos eles fazem falta. E essa falta dói. Dói como um tsunami que tenta passar por uma fechadura. Dói porque a gente pode tirar tudo de um corpo, e ele ainda estará inteiro... Mas se tirarmos a alma, ah! Aí esse corpo passa a ser apenas um saco de ossos.
Acontece que eu tirei uma parte de mim. Ou eu deixei que tirassem ela, não sei explicar... Acontece que eu não sei lidar com perdas, e quando elas chegam, de forma inevitável, eu apenas as guardo no fundo do meu baú... Mas mesmo um baú muito fundo, um dia transborda. E ter aberto mão de uma felicidade que eu estava sentindo em me sentir completa fez sangrar uma parte que eu vinha tentando manter cicatrizada. E então você joga tudo pra fora novamente, despeja. Em troca, se desfaz em lágrimas, dores e gritos. E dói.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

“Quando você não tem amor... ainda tem as estradas!” (CaioF.)

"Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos." (Caio F.)

"Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!" (CaioF.)

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida". (Pv 4.23)

"E quando for realmente engraçado, você vai rir novamente" (Sex And The City)

"As coisas que eu deveria saber, eu sei." (Sheldon)

“A alegria compartilhada é uma alegria dobrada.” (John Ray)

“Melhor do que fazer novos amigos é conservar os antigos.”

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfo e glória mesmo expondo-se à derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota". (Franklin Roosevelt)

"Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente." (Pe. Fábio de Melo)

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda." (TatiB)

"Eu sei o que eu tenho que fazer agora: continuar respirando... Porque amanhã o sol vai nascer e eu não sei o que a maré vai me trazer." (Náufrago)

"Não me alimento de quases, não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te darei meu quase amor, é tudo ou nada. Não existe meio termo". (Marilyn Monroe)

"Descobri que ninguém é igual a ninguém. Cada pessoa tem o seu jeito, cada jeito tem o seu amor."

"Às vezes o final feliz é apenas seguir em frente" (Ele Não Está Tão A Fim de Você)

"Minha rinite não aguenta mais os meus sonhos virarem pó" (TatiB.)

"E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém." (John Lennon)

"A água silenciosa é a mais perigosa."

"O caminho que eu escolhi é o do amor. Não importam as dores, as angústias, nem as decepções que eu vou ter que encarar." (Lispector)

“Hoje eu cansei de tudo aquilo que começa, agora eu quero algo que CONTINUE.”

"Pouco importa que o final seja feliz, se houve um final significa que a história não valeu a pena"

"A maior covardia de um homem é despertar o amor de uma mulher sem a intenção de amá-la."

"Homens são como um bom vinho: todos começam como uvas, e é dever da mulher pisá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar."

“Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudades, de vez em quando. Quando penso que poderia ter sido diferente.” (CaioF.)

"E como você sabe que demais é demais? Cedo demais. Informação demais. Diversão demais. Amor demais. Pedir demais... E quando tudo passa a ser coisa demais para se aguentar? " (Grey’s Anatomy)

"O tempo voa. O tempo não espera por ninguém. Ele cura todas as feridas. Tudo que qualquer um de nós quer, é mais tempo. Tempo para se pôr de pé. Tempo para crescer. Tempo para se desprender. Tempo." (Grey’s Anatomy)

“Sempre há algo a dizer sobre um copo pela metade. Sobre saber dizer ‘quando’. acho que é uma linha imaginária. Um barômetro de desejo e carência. Depende exclusivamente de cada um, e depende do que está em questão. As vezes, tudo o que queremos é provar. Outras vezes, nada é suficiente. O copo é sem fundo. E tudo o que queremos… é mais!” (Grey’s Anatomy)

"Nada é errado, quando o erro faz parte de uma procura ou de um processo de conhecimento." (CaioF.)

"Sabe qual é o meu problema? É acreditar sempre nas pessoas, é não saber dizer não quando é preciso. É sempre perdoar as pessoas que me machucam. É sorrir quando estou triste por dentro, é chorar por pessoas que não merecem e amar quem não merecia ser amado. É sempre dar uma segunda chance, para alguém que não merecia nem a primeira. É tentar ser a melhor pessoa do mundo, é tentar ajudar a todos ao mesmo tempo, e esquecer de mim mesmo. Meu problema está nas menores coisas possíveis, mas que sempre me machucam muito, e parece que eu nunca aprendo." (Mariana Caballero)

"Algumas pessoas são destinadas a sofrer, sabe? Somos levados à acreditar que temos um certo destino, e do nada, isso se quebra. Mas NÓS, nós temos que nos manter vivos, pois precisamos ver como a história termina." (Ironias do Amor)

"Dos relacionamentos que você já teve, quais foram as ocasiões em que verdadeiramente você foi modificado para melhor? Será que você é a lembrança doída na vida de alguém? Será que você já construiu cativeiros? Ou será que já viveu em algum? Será que já idealizou demais as situações, as pessoas e por isso perdeu a oportunidade de encontrar situações e as pessoas certas?

Sejam quais forem as respostas, não tenha medo delas. Perguntar-se é uma maneira interessante de se descobrir como pessoa, pois as perguntas são pontes que nos favorecem travessias." (Padre Fábio de Melo)

''[...] e você me dizia com a voz terna, cheia de malícia, que me queria pra toda vida.'' (Cazuza)

"Eu sei o que eu tenho que fazer agora: continuar respirando... Porque amanhã o sol vai nascer e eu não sei o que a maré vai me trazer." (Náufrago)

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda." (TatiB.)

"Não me alimento de quases, não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te

darei meu quase amor, é tudo ou nada. Não existe meio termo". (Marilyn Monroe)

"Minha rinite não aguenta mais os meus sonhos virarem pó" (TatiB.)

"Às vezes o final feliz é apenas seguir em frente" (Ele Não Está Tão A Fim de Você)

"Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente." (Pe. Fábio de Melo)

"Pouco importa que o final seja feliz, se houve um final significa que a história não valeu a pena"

"E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém." (John Lennon)

“Para alcançar uma borboleta às vezes a gente precisa aguentar duas ou três lagartas” (O Pequeno Príncipe)

“Era o único que eu podia ter feito meu amigo. Mas seu planeta é mesmo pequeno demais. Não há lugar para dois...” (O Pequeno Príncipe)

“Fiz tudo certo. Só errei quando coloquei sentimento.” (Lispector)

"O teu amor é uma mentira, que a minha vaidade quer. Tocar teu cabelo, olhar no teu olho, te beijar a boca devagar..." (Cazuza)

“Depois que você foi embora tudo é saudade. Não de você, mas de como eu me sentia.”

"Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento." (Provérbios 2 : 6)

"Ter juízo não é fazer sempre a coisa certa, mas sim saber a hora certa de fazer a coisa errada"

"Talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor." (CaioF.)


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

. FUISERFELIZENÃOVOLTO .

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrario: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda." (TatiB)


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Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2011.

Não lembro mais quanto tempo tem desde que eu ouvi de alguém que em 2012 o mundo ia acabar. Não sei se era verdade ou não, mas aquela quinta-feira de janeiro era o meu último dia de vida.

A gente passa a vida toda se perguntando o que vai fazer antes de morrer. Será que eu vou fazer falta? Será que eu vou conseguir me despedir? Será que eu vou deixar saudade? Será que eu vou poder fazer tudo o que eu quero? Será?
Mas esse dia chega a qualquer momento e a gente simplesmente esqueceu de viver pois adiamos o último dia de nossas vidas o máximo possível. Adiamos sim, com planos futuros, com atitudes de fuga, com todo o medo e a ausência de coragem. Adiamos o último dia de nossas vidas e, ironicamente, com ele também adiamos a nossa própria vida. Deixamos para viver depois.


27 de Janeiro de 2011 foi o último dia de minha vida e eu só descobri isso depois das 22h. Eu acordei feliz apesar de tudo o que se passava na minha cabeça... Eu tava no clima de que se eu não me amo e não me faço feliz, ninguém mais é capaz de me amar e me fazer feliz assim. Ainda assim, eu não sabia que era o último dia de minha vida. Talvez, e apenas talvez, se eu soubesse disso pela manhã não teria passado minha manhã na cama, aproveitando do aconchego do meu edredom enquanto assistia ao último episódio da quinta temporada de Supernatural. Talvez, e apenas talvez, eu tivesse levantado cedo para aproveitar aquele dia quente e ensolarado... Mas eu desfrutei da minha cama naquela manhã, minha última manhã.

Durante toda a minha alegre tarde eu não sabia que era meu último dia. Eu encontrei com uma amiga e viemos para cá, jogamos conversa fora, falamos sobre a locura de uma pessoa qualquer em minha vida e fomos passar uma tarde no parque com outras duas amigas. Eu não sabia que era meu último dia, mas dei risada até a barriga doer. Tomei coca-cola sentada no chão, com espinhos furando as nossas bundas. Ouvi músicas. Dei ainda mais risadas. Tirei fotos, vi um lindo e imenso arco-íris, falei sobre o futuro, esqueci o passado... Me permiti fazer uma lobotomia. Aproveitei cada raio do sol daquela tarde, que estava lindo e forte (talvez mais forte que lindo). Olhei o verde, olhei aquelas amigas, senti cada toque do vento, cada som de risada, cada aconchego de um sorriso... Não sei o que eu esperei de uma última tarde, mas eu desfrutei da minha, da minha última tarde.

Chegou a hora da noite. Eu ainda nem sonhava em descobrir que era meu último dia. Vim pra casa e me arrumei para ir para o culto. Em outras épocas, a possibilidade de alguém me ver indo a um culto da Assembléia de Deus era mínima, mas talvez por isso, por ser o meu último dia, eu fui alegre e contente. Fui falar com Deus.
Enquanto eu me arrumava para este encontro, escolhendo roupas aleatórias (porém buscando roupas compostas), querendo estar arrumada, querendo me sentir cada vez melhor comigo mesma, tive uma conversa séria com aquela mesma pessoa qualquer que fora anteriormente citada. O saldo da conversa não foi tão positivo assim para mim, não é fácil uma despedida de quem se ama, mas talvez fosse o sinal de que era meu último dia. Era o tipo de conversa que eu não teria num último dia, mas me deixou momentaneamente mais leve. Eu tive a oportunidade de mostrar àquela pessoa tudo o que eu queria, tudo o que eu pensava, tudo o que eu sentia e então, e só então, me despedir dela. Era então a hora de encontrar com Deus.

Quase 22h. O dia estava acabando, meu último dia, mas eu estava apenas começando a me daivertir. Ouvi música alta, e mesmo que eu ainda não soubesse que era o meu último dia, não importava que fosse música emo (emoponto), eu queria me distrair. Tive conversas sérias e fui desopilar. Ganhei abraços apertados de uns, abraços falsos de outros, e de alguns eu nem abraço ganhei. E continuei vivendo.

Então, depois das 22h, nos demos conta de que este era, de fato, o último dia de nossas vidas. Este era, de fato, o último dia de minha vida. O último dia. E eu precisava fazer algo. Eu precisava gritar pela orla, cantar músicas antigas, músicas bregas, músicas de quem tá curtindo uma fossa-feliz. Precisava entrar no carro e ouvir música alta. Precisava dizer que nada mais me importava, contar ao mundo que eu não sou mais virgem, agora os signos mudaram e eu passei a ser leão. Precisava comer algo que matasse minha vontade, cantar mais alto que a música, dançar sem música, passar trote, tirar onda, pular do nada. Precisava saltar mais alto que um sapo, sair pulando feito saci, tomar suco de laranja, tirar fotos. Precisava me lembrar que a vida é curta, que a felicidade tá perto, basta querer enxergar. Precisava conhecer pessoas novas, mesmo que de uma platéia distante, ver amigos antigos que não entendiam nada, gritar mais, cantar mais, falar inglês (gastar meu inglês).

Precisava... Precisava... Precisava...
Talvez, na verdade, eu nem estivesse precisando disso tudo. Talvez aquela cama e edredom que eu tinha de manhã fossem o bastante para aquele momento. Talvez eu devesse fazer mais coisas, sei lá, ajudar os pobres, abraçar meus pais, ligar para minhas amigas, dizer a quem eu amo o quanto eu amo. Não sei.
O que eu sei é que era o último dia da minha vida e eu sentia a necessidade de fazer algo com relação a isso. Se era o meu último dia, eu tinha que viver. Viver total e intensamente. Viver como se nada mais me importasse, como se ninguém me julgasse, como se nada existisse além da minha felicidade.
Eu precisava de egoísmo porque as outras vidas iriam durar e a minha não. Eu precisava, na verdade, era de ser lembrada para sempre e de, em uma outra vida, sentir saudade do meu último dia e por isso eu vivi ele intensamente.

Eu ri, eu pulei, eu cantei, eu dancei, paquerei, briguei, brinquei, decidi. E era hora de voltar para casa. Meu relógio me mostrava que já passava da 1h da manhã, o que quer dizer que o dia tinha acabado e não tinha sido meu último. O dia 27 pode até não ter sido o último mas foi um dia único e se tivesse sido o último, tava meio que perfeito e preparado para ser.

Cheguei em casa pensando nisso e percebi coisas que não havia percebido. Eu fiquei na cama porque eu adoro essa melancoliazinha. Eu aproveitei minha manhã. Eu saí à tarde com uma roupa confortável que eu adoro, porque eu precisava estar bem comigo mesma. Uma das minhas roupas favoritas para uma das minhas tardes favoritas: aquelas em que aprecio as coisas simples. Eu aproveitei minha tarde. À noite eu disse que não tinha roupa para sair. Eu não sabia que talvez fosse a minha última noite mas eu quis muito estar bem, bem comigo mesma. Coloquei minha blusa favorita, sutiã favorito, uma das minhas calcinhas preferidas. Coloquei uma calça jeans que eu gosto e, particularmente falando, é o que há de melhor. Coloquei um salto pra levantar o ânimo. A sandália? Também é das que eu mais gosto.
Eu não coloquei maquiagem, decidi que não precisava, não sei porque. Não escovei meu cabelo, saí com ele molhado, não sei porque. Na verdade, agora eu sei. Eu tava bem comigo mesma, eu tava feliz, eu tava alegre, eu tava vivendo... e vivendo bem.


Você já experimentou viver seu último dia de hoje?
Vou te contar um segredo: Hoje é o meu último dia de vida e eu vou aproveitá-lo, vou vivê-lo. Mas é o seu último dia também. O que você pretende fazer?
Já diria Caio Fernando Abreu: "Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Fui ser feliz, e não volto!"


Feliz último dia.


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"Eu sei o que eu tenho que fazer agora: continuar respirando... Porque amanhã o sol vai nascer e eu não sei o que a maré vai me trazer." (Náufrago)


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"A vida é como um livro: não importa que seja longa, contanto que seja boa"

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"Não me alimento de quases, não me contento com a metade. Não serei sua meio amiga e nem te darei meu quase amor, é tudo ou nada. Não existe meio termo". (Marilyn Monroe)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


"Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar...
Não faz assim, não vá pra lá.
Meu coração vai se entregar à tempestade
Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?
Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem.
[...]
Não há porque chorar por um amor que já morreu.
Deixa pra lá, eu vou, adeus.
Meu coração já se cansou de falsidade"







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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Alimento meus vícios. Sou viciada em meus livros, viciada em português, viciada em músicas. Me defino por indefinida ser.

Às vezes eu passo a ter certeza que o que me faz ser igual é a minha idéia de que eu sou, na verdade, diferente.
Se achar diferente é se igualar às tantas outras pessoas que também se qualificam assim. Assim sendo, eu fico pensando que toda essa minha bipolaridade não é tão singular assim, mas tem um caráter peculiar.
Muitas vezes não gostam de mim por isso ou aquilo, não importa, sabe? Isso me chateia profundamente, mas eu não sei ser imparcial. Eu não sei ignorar o que está ao meu redor... Eu simplesmente não sei tantas coisas que vão montando o meu quebra cabeça.
Eu fico trancada no meu quarto lendo, e, enquanto eu leio, eu vejo os personagens e imagino as vozes. Eu fico trancada no quarto assistindo seriados. Quando eles acabam eu tenho dificuldade de saber o que é realmente parte de minha vida. Eu fico estressada e desconto no mundo. Eu passo a não saber de quem é a culpa e nem o que é real.
Eu faço muitas coisas, eu me monto, desmonto, me quebro. O infinito está em mim. ∞

domingo, 11 de abril de 2010

3 coisas que você tem que fazer antes de morrer. 3 coisas que você mais diz. 3 coisas que você faz bem. 3 coisas que você não faz bem. 3 coisas que te encanta. 3 coisas que você odeia. 3 pessoas para quem mandará essa mesma pergunta?

- ser feliz
- ter um amor
- curtir a vida

- "mulher"
- vai te lascar, home
- arreégua.

- comer
- dormir
- fotografar

- estudar
- desenhar
- cantar

- paisagens
- amizades
- simplicidade

- falsidade
- verdura
- saudade

...não sei se mandarei

Pergunte agora ou cale-se para sempre.

domingo, 28 de fevereiro de 2010


É incrível como Deus sabe o que faz com nossas vidas. Eu, que sempre fui fraca na minha Fé e nunca tive medo e/ou vergonha de assumir isso, hoje assumo que às vezes Ele nos prepara uma surpresa; dá-nos de presente uma Fé renovada, um momento único e mágico com o qual não esperávamos nos deparar.

Eu participo de um movimento, o Movimento Escalada – Diocese de Petrolina, e havia me afastado dele. Não tinha porque continuar lá sem Fé, sem me sentir bem, sem um propósito maior. Ia só por ir, quase forçada, não estava me sentindo mais tão bem por lá. Eu buscava, cada dia, algo em quê me segurar, até que decidi que não era meu momento, ou meu lugar. Afastei-me. Esse ano me encontro decidida a dar tudo o que eu posso a este mesmo movimento. Eu aprendi, logo que ingressei, que eu deveria amar o movimento e entendo isso como o propósito maior que Deus tem para mim.

Hoje eu voltei de um aprofundamento espiritual desse mesmo movimento. Para mim está indescritível o que eu estou sentindo, voltei com minha Fé renovada (e que renovação, hein?), conversei com Deus como eu NUNCA havia feito. Pedi, pedi muito, pedi mais do que eu realmente teria direito e assumo isso. Eu agradeci MUITO também, mas confesso que ainda assim pedi mais do que agradeci. Eu pedi que Deus desse-me mais força, me desse mais Fé, não me deixasse fraquejar. Pedi que Ele, como sempre fez, não me abandonasse, pois é difícil com Ele, mais difícil seria sem. Pedi que Ele protegesse a quem eu amo, que fizesse de mim uma pessoa melhor e que não me deixasse perder essa Luz Maior que hoje me guia, não me deixasse perder a minha força de vontade, não me deixasse fraquejar.

Agora eu agradeço ainda mais. Obrigada, meu Deus.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

"Abraços Grátis"


Partindo do começo: este mesmo ‘papel’ em que hoje escrevo é um bem material. Alguém, algum dia, em algum lugar, teve que arranjar matéria-prima para faze-lo e, em seguida, um outro alguém pagou por isso. Tudo faz parte das necessidades do homem em adiquirir materiais para uso pessoal. Tudo vem de um lugar e vai para outro.
Dizem que no “princípio dos princípios” estavam Adão e Eva no “Paraíso”. Não havia nada, além da natureza, perto deles e eles supriam suas necessidades apenas com isso. Se a felicidade do homem pode ser encontrada na simplicidade, para quê juntamos (ou tentamos) tanta riqueza?
O homem tem se esquecido de que é preciso, hoje, ter dinheiro para viver e está vivendo para ter dinheiro. É comum vermos pessoas trocarem amizades por dinheiro, satisfação financeira ao invés de emocional. Não se procura mais ter apenas o necessário mas sim ter toda e qualquer futilidade. Está se trocando pessoas por dinheiro.
Mesmo com tudo isso, sentimentos não são comprados; amizade e amor não se compram... De que vai nos valer, então, termos todo o dinheiro do mundo e não termos com quem sorrir? Termos dinheiro para comprar momentos de diversão e não termos com quem tê-los? De que vai adiantar abrir mão de tudo?





- Texto da prova de Redação do dia 14/10/08

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Amor? Não pode ser!

Tem gente que diz que o coração é bicho burro, não sabe o que quer e faz péssimas escolhas... Eu descobri que tudo isso é lorota! Coração é bicho esperto, sempre sabe o que quer – contraditoriamente, ou não, à cabeça – e faz as escolhas de acordo com o tempo dele. Você? Ah, esse é o caso! Você não muito importa...

O coração manda e desmanda na gente, tira o ar, tira o chão, pára o mundo. Aquela sensação de que é aquela pessoa, única e exclusivamente, que pode te fazer feliz. Só tem uma pessoa, naquele exato momento, que vai poder suprir aquela necessidade, aquela pessoa que você quer de presente de todos os seus amigos, que você pensa em levar a todo canto, é aquela pessoa... aquela pessoa... aquela pessoa.

Eu descobri, também, que o amor nos deixa vulneráveis, torna o mundo tão [mas tão] grande... E que um único instante já faz seu coração acelerar... Ah! Aquela troca de olhares... Aquele suspiro, tantas vezes de raiva, que a gente solta a cada brincadeira... Quem poderá dizer que não há magia no amor?

E de repente você também descobre, assim como eu, que o coração está quieto, parece morto, adormecido – talvez... E quando você pensa que não, ele acelera e te mostra que a resposta é um lindo e grande sim. Temos que concordar que nem tudo é flores, e realmente não é... Mas o sonho faz um suspiro virar eterno.

Como começar? Um amor pode começar por um beijo em um desconhecido – desconhecido esse que passa a se tornar um conhecido -, um abraço, um olhar, um boné... Você pode notar no mesmo instante, ou tempos depois, anos, um ou dois... Pode vir quando a chama parece se apagar, afinal, quem disse que o amor tem que ser uma chama acesa e não um pequeno pavio que vai, aos poucos, se acendendo depois que a luz parece ter se apagado? Este é o ponto. Você pode estar lendo agora e pensando que não vai passar por isso. Eu precisei de muitos “isto não é comigo”, “isto não está acontecendo”, “isto não pode, jamais, ser verdade”, para vir aqui conseguir dizer tais palavras.

...E talvez seja este o segredo: a surpresa que é descobrir que se ama quem a gente nunca imaginou.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Dez coisas que levei anos para aprender:



1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não é uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.
Carreira é carreira, vida é vida!

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante (na mesma noite).

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões". Tudo não passa de reuniões.

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito. Eu disse OS DE VERDADE.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic (que, caso não se lembre, afundou).


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Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o AMOR existe (???), que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!

Luís Fernando Veríssimo

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Eu venho descobrindo que as melhores idéias são aquelas que estão soltas. Quanto mais vago pareça ser, mais verdadeiro se torna. Idéias organizadas não dão o mesmo toque sincero na história... E às vezes é a beleza quem camufla a verdade.

Está além, talvez não muito, de nós superar todos os “talvez” que nossa vida possa ter. Eu me olhei em um espelho pelos últimos tempos e não tenho gostado do que eu tenho visto... Queria tanto, mais do que tudo, poder dizer que tenho um manual de instrução para a vida...

O que eu procuro os meus olhos não podem ver... Eu fugi e não voltei nunca mais. Deixei aquele velho olhar vago para trás e tudo que passou por ele, ou principalmente por trás dele. Há mais coisas que se escondem nele do que qualquer vã filosofia...

É triste pensar que as interpretações não têm sido as melhores, ainda mais se forem ao meu respeito... Mas eu não posso fazer nada: as interpretações são a favor de quem interpreta! E quem interpreta parece não querer ver o que a gente realmente quer dizer... Conhece aquela frase “quem não entende um olhar tampouco entenderá uma longa explicação”? Pois bem! Que não se explique mais nada daqui em diante... Apenas façamos o que tempos feito e deixemos todo o resto para trás;





Às vezes nem mesmo o mundo importa! E não importa o quanto você se importa, as pessoas simplesmente não se importam...

terça-feira, 17 de junho de 2008



- é possível transformar mistérios em união?

terça-feira, 27 de maio de 2008


Queria eu que minha poesia pudesse virar poema... Entretanto, o papel continua branco e a tinta não mais é gasta; até perco as palavras quando olho pr'esse vazio que só cresce e cresce e cresce... e não pára, nunca pára, sempre continua. O poema não sai. Não me diverte mais. As palavras não são ditas, ou vagam sem ter por quê, sem ter pra onde, sem saber... A vida fica vazia, tudo escurece, minha vida entontece, nada acontece.


...E são coisas que ninguém nunca vai entender. A minha inspiração nem chegou mas já acabou;







[Já diria meu professor de Física: Não importa se você concorda ou discorda - a sua opinião nunca interessa.]

sábado, 17 de maio de 2008

Nem toda história tem que ter começos belos e finais felizes, quem sabe uma história real? Às vezes não percebemos o quão importante é a família em nossas vidas e todos os momentos que passamos ao lado das pessoas que amamos e que estão sempre ali, conosco. Mas, se um dia deparamos-nos com uma situação mais dificil, talves de perda, podemos passar a perceber o quão dificil isso é...

Um certo dia deparei-me com uma garotinha, ela deveria ter uns doze anos, estava sentada em um banco perto da minha casa... Olhando para o nada, seus olhos enxiam-se de lágrimas até que uma caia e esvaziava-os. Esta me chamou muita atenção por não ser muito comum meninas dessa idade sozinhas em um banco. Logo pensei que fora mais um caso romantico mal sucedido e resolvi tentar ajuda-la, mesmo sem muita experiencia de vida... Ao tentar me aproximar, achei que aquela talves não fora a melhor hora para um dialogo, mas eu não poderia apenas cruzar meus braços diante de uma cena destas.

Ao aproximar-me, reparei que ela parecia tentar "engolir" o choro, fazendo-me sentir culpada por roubar de sua paz e privacidade... Mas não parei. Ainda que pensasse em não ir até lá, não exitei a ajuda e fui oferecer o conforto de uma amizade. A garotinha tentava conter seu choro mas não era possivel, as lágrimas pareciam jorrar sobre sua face, deixando-me cada vez mais angustiada. Resolvi entrometer-me em sua vida e perguntar-lhe o que a fazia chorar tanto, tão repentinamente, como aparentava ser...

A principio pensei que ela não fosse me dar ouvidos, alguns instantes calada e preparei-me para dali sair. A garotinha mostrou-me que queria desabafar e eu fiquei para ouvi-la. Estava realmente achando que ela iria me falar que seu namorado havia traido-a ou que o namoro havera acabado, mas não, era algo mais sério, complexo e ela começa a explicar-me... Mas antes, faz um pedido: que ao fim eu reflita sobre tudo o que ela disse. Eu aceitei. Logo então ela começa.

- As vezes, só lembramos de nossas diferenças, esquecemos de nossos laços, das alegrias, dos momentos felizes vividos em familia... As vezes, só lembramos dos amigos, das cenas com eles vividas, dos momentos com eles comemorados, mas nunca da família. Eu, mesmo sendo nova, digo-lhe que todo o tempo eu fui assim... Que todo o tempo eu quis estar ao lado dos amigos e não dava a minima bola para minha familia. Até que um dia, recentimente, deparei-me com uma situação irreversivel. Agora estou a perder meu avô e não sei se ele sentirá orgulho de mim quando partir, não sei quanto tempo mais ele vai estar ao meu lado, não sei como ele está pois nem ao menos tenho forças para visita-lo. Agora, eu só paro pra pensar nos momentos que eu perdi por não estar ao lado da minha familia... Por aquela noite em que eu não disse o quanto o amava, por aquele dia em que eu briguei com ele, por aquele momento que eu estava de mau humor... Tão nova e já passa por tudo isso, é o que você diz, eu sei. Mas pra sofrer nunca se é nova, e para refletir nunca se é tarde. Quando sentei-me neste banco, meus olhos enchiam-se de lágrimas por estar tentando tirar disso tudo uma lição. Queria voltar no tempo, mas não posso, por isso te disse que ao acabar, reflita em tudo isso, pois nunca é tarde pra aprender e rezar.

Fiquei sem palavras diante de tal lição de vida vinda de uma jovem... Uma pequena menina que não parecia ter experiencias nenhuma e já com problemas tão grandes. Percebi que todo o valor que eu dava pra minha família era pouco, mas ela ainda completou:

- Sei que quando eu falo tudo isso você deve pensar que de agora em diante eu não vou perder um minuto se quer, mas vou. Sei que não serão todos os momentos que eu vou levar à prática tudo isso, mas não custa nada querer te mostrar o quão pode ser importante cada vida.

Em diante não era mais ela quem chorava, agora a situação revertia-se, era eu. Ela levantou-se, despedindo-se delicadamente de mim com um pequeno gesto de adeus e eu fiquei ali, sentada, tentando refletir no que pode ser a vida e porque ela é assim.
-
[ fiz nos últimos dias de vida de meu avô.- ainda dói, e muito. ]

terça-feira, 13 de maio de 2008

".porque é que o mar não se apaixona por uma lagoa?
.porque é que a gente nunca sabe de quem vai gostar?"


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Não há forma mais correta para o emprego do pronome possessivo do que nos sentimentos (lê-se no amor). Há quem os diga só por dizer, mas o pronome possessivo traz consigo uma carga muito grande, não só semântica, nem muito menos morfológica.
Talvez falte um pouco mais de romantismo nesse classicismo todo, nesse pré-modernismo que se instala em nossos corações, mentes e vidas... e que vão vagando sem um rumo certo, se instalando paulatinamente. [Ter razão ou ser feliz?]
Eu, como boa romântica que sou
(sim, nasci no período histórico-literário errado), prefiro a felicidade com todos os seus exageros e exuberâncias. Prefiro ainda pôr tudo de lado e viver intensamente todos os momentos, contemplar ao menos um sorriso do "meu intocável" (ah! e não há uma sensação melhor do que a de empregar o pronome possessivo... experimente!).
Há ainda quem diga que
"um alguém em especial" é uma perda de tempo... Eu acho que todo esse racionalismo clássico dessa era moderna (modernamente ultrapassada ¬¬) seja nada mais que uma fuga quase esquisofrênica para um tédio clássico.

Eu quero poder ter liberdade para empregar o MEU pronome possessivo e um adjetivo concomitantemente...
Eu quero o meu pronome possessivo só pra mim. Quero que o intocável deixe de ser impossível, por mais que o impossível torne-se desejo aos meus olhos. Eu quero realidade, porque toda essa fantasia barata já me cansou.



...E eu que nunca soube nada de literatura, hoje recito poemas em meio às minhas lágrimas. E eu que nunca estudei filosofia, hoje entendo até o que meu coração calado quer dizer. E eu que nada sei, tudo entendo, nada compreendo...




• [ desabafo literário. ]

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ninguém - Luiz Vilela

A rua estava fria. Era sábado ao anoitecer mas eu estava chegando e não saindo. Passei no bar e comprei um maço de cigarros. Vinte cigarros. Eram os vinte amigos que iam passar a noite comigo.
A porta se fechou como uma despedida para a rua, mas a porta sempre se fechava assim. Ela se fechou com um som abafado e rouco. Mas era sempre assim que ela se fechava. Um som que parecia o adeus de um condenado. Mas a porta simplesmente se fechara e ela sempre se fechara assim. Todos os dias ela se fechava assim.
Acender o fogo,esquentar o arroz, fritar um ovo. A gordura estala e espirra ferindo minhas mãos. A comida estava boa. Estava realmente boa, embora tenha ficado quase a metade no prato. Havia uma casquinha de ovo e pensei em pedir-me desculpas por isso. Sorri com esse pensamento. Acho que sorri. Devo ter sorrido. Era só uma casquinha.
Busquei no silêncio da copa algum inseto mas eles já haviam todos adormecido para a manhã de domingo. Então eu falei em voz alta. Precisava ouvir alguma coisa e falei em voz alta. Foi só uma frase banal. Se houvesse alguém perto diria que eu estava ficando doido. Eu sorriria. Mas não havia ninguém. Eu podia dizer o que quisesse. Não havia ninguém para me ouvir. Eu podia rolar no chão, ficar nu, arrancar os cabelos, gemer, chorar, soluçar, perder a fala, não havia ninguém para me ver. Ninguém para me ouvir. Não havia ninguém. Eu podia até morrer.
De manhã o padeiro me perguntou se estava tudo bom. Eu sorri e disse que estava. Na rua o vizinho me perguntou se estava tudo certo. Eu disse que sim e sorri. Também meu patrão me perguntou e eu sorrindo disse que sim. Veio a tarde e meu primo me perguntou se estava tudo em paz e eu sorri dizendo que estava. Depois uma conhecida me perguntou se estava tudo azul e eu sorri e disse que sim, estava, tudo azul.

quinta-feira, 27 de março de 2008

...anjos nem sempre têm asas ;)




- Rafinha, MORRO de saudades de tu. TE AMO. [sempre e pra sempre!]

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ilumina-me


Minha estrela, meu Deus
Minha estrada, minha verdade
Meu bem, sem mal a alguém, Senhor...
Meu Deus, minha verdade.

Ilumina-me, Senhor
Mostra-me tua vontade
Me diz o que queres de mim, oh Deus
Me dá tua bondade

Meu Deus tu és verdade...
Estás em cada amanhecer
Andas comigo, dentro de mim, Senhor
Eu já te vejo por toda parte

Ilumina-me, Senhor
Mostra-me tua vontade
Me diz o que queres de mim, oh Deus
Me dá tua bondade


[é um daqueles textos que saem quando você tá muito mal e resolve escrever...]